O valor de uma boa embalagem

21.Jul.2015

Transcende a proteção do produto, protege a Marca e os consumidores

Recentemente veio a público mais um caso de embalagem mal
dimensionada. Desta vez foi o produto Tylenol 200 mg/ml em gotas, cujo problema era o gotejador da embalagem, o qual se desprendia totalmente ou parcialmente do frasco na hora do consumo, levando os pacientes a correr o risco de ingerir uma superdosagem do remédio e obter muitos transtornos.

Como consequência, a Secretaria Nacional do Consumidor do
Ministério da Justiça pediu que o produto fosse recolhido.
Neste e em outros casos, infelizmente frequentes, o maior prejuízo é para a Marca, quando não se estende para o consumidor.

O Instituto de Embalagens tem acompanhado com preocupação a realidade de empresas e profissionais que buscam incessantemente

projetos com embalagens mais econômicas, muitas vezes com redução de materiais, processos ou etapas de maneira perigosa. No final, o que
resulta são produtos que seguiram para o mercado sem que houvesse tempo adequado para realizar avaliações ou testes importantes para a liberação das embalagens.

É natural que sempre há a possibilidade de rever a embalagem e propor melhorias, inclusive reduzindo a quantidade de material, ou, em alguns casos, substituindo materiais, mudando a decoração ou os fornecedores, mas em todos os casos é preciso entender o cuidado e o tempo que cada alteração de fato necessita.

Nestes anos de atuação, chegamos a receber pedidos de avaliação que propunham “melhorias” sob a alegação de que determinada embalagem, reduzida ou mais leve ou com novo material, poderia ser mais “amiga” do eio ambiente. Nesses casos, mesmo os que são sinceros, é preciso fazer um alerta: a primeira função da embalagem é proteger o produto. Sem
isso ela comprometerá o todo e fará um enorme mal ao meio ambiente, desperdiçando material, energia e tempo, o que compromete negativamente o produto e a embalagem.

A subembalagem é sempre pior ao sistema do que a superembalagem. Dessa forma, sugerimos que as empresas e profissionais busquem a luz do conhecimento para lançar seus produtos e embalagens e que procedam a testes de pré-avaliação, lembrando que a má embalagem contamina também um dos maiores patrimônios da empresa: sua tradição e sua Marca.

É elementar que o consumidor, ao perceber um problema, não questione nem se lembre quem é o fabricante da embalagem, e nem faça considerações sobre o processo ou material. Ele rejeitará a Marca do produto e, na maioria das vezes, até a própria empresa.

Esse é um valor intrínseco conquistado com a boa embalagem. O preço é sem dúvida a proteção que a Marca promulga.

Embalagem melhor. Mundo melhor e mais seguro para todos!
Crédito:Assunta Napolitano Camilo: Diretora da FuturePack – Consultoria de Embalagens e do Instituto de Embalagens – Ensino & Pesquisa.

Profissional de embalagens há 30 anos. Pesquisa feiras e PDVs do mundo desde 1986.
Articulista, professora e palestrante internacional de embalagens. Coordenadora dos livros: Embalagens Flexíveis; Embalagens de Papelcartão; Guia de embalagens para produtos orgânicos; Embalagens: Design, Materiais, Processos, Máquinas & Sustentabilidade. Coordenadora do Kit de referências de Embalagens.
Membro do Conselho Científico-Tecnológico do ITEHPEC

Fonte http://www.embalagemetecnologia.com.br/2015/05/22/o-valor-de-uma-boa-embalagem/

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